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quarta-feira, 7 de julho de 2010

Olha a pedraaaa!!!!

Depois de muito tempo sem escrever, resolvi contar uma das muitas historias da minha infância.


Só para situar os leitores, eu nasci em Manaus – AM, mas com dois meses já estava fazendo minha primeira viagem a caminho de Tabatinga, uma cidade no interior do estado que faz divisa com a Colômbia.


Quando eu estava com meus nove anos, mais ou menos, eu morava numa outra cidade também no interior do Amazonas chamada Itacoatiara, que significa pedra pintada em alguma língua indígena. Nós morávamos na casa pastoral de uma das igrejas da denominação da qual fazíamos parte. Bem ao lado da casa ficava o terreno da igreja, um terreno bem grande e cheio de goiabeiras.


Depois de um tempo que estávamos lá, a denominação resolveu que iríamos construir um novo prédio para a igreja. Um prédio maior, já que nossa igreja estava crescendo e tudo. Então começou a construção. A igreja seria realmente alta e bem grande, e logo na entrada teria aquele lugar que é tipo um primeiro andar onde fica a mesa de som, bem lá no funda da igreja. Também conhecido como GALERIA. Acho que você sabe como é, neh?


Certo dia, estávamos eu e uns amigos meus brincando de “guerrinha”. A “guerrinha” era da seguinte forma, uns subiam pra galeria e os outros ficavam lá em baixo no meio da construção da igreja. Cada um pegava o que conseguia e tacava no outro grupo. Na maioria das vezes eram pedras mesmo, pois o que não faltava era entulho no meio da construção. Então já sabe, neh?! Era pedrada pra tudo que é lado.


Nesse dia fui um dos que ficou pra parte de cima. Lá era bom porque tinha um parapeito que servia de escudo para nós lá de cima. Aí começou. Era pedra pra cá, pedra pra lá, aquela loucura. De vez em quando um pegava um tijolo e gritava “olha a booombaaaaa...”, e ai, meu amigo, era moleque correndo pra tudo que era lado pra não levar tijolada na cabeça.


No meio dessa “brincadeira sadia”, eu fui me levantar pra jogar uma pedra nos caras lá em baixo. Assim que minha cabeça apareceu acima do parapeito... “BAH!!” Eu só me lembro da pancada na cabeça, mas como a brincadeira estava boa, nem senti nada. Abaixei pra dar aquela velha esfregada onde a pedra tinha me atingido e voltei a jogar as pedras nos “amigos-inimigos”. De repente eu sinto o suor escorrendo na minha testa, mas no frenesi da brincadeira enxuguei o suor com o braço e... Mais pedrada nos caras. La (Lá) pelas tantas, percebi que não parava de suar! Já tinha enxugando minha testa umas 3 vezes e então olhei pra meu braço. Sim, foi aí que bateu o desespero! Meu braço era só sangue! Eu não estava suando, EU ESTAVA SANGRANDO!!!


Dei um grito dizendo que estava sangrando, pra o povo parar de jogar pedra e fui pra uma torneira que tinha perto da construção. Lavei meu braço e minha cabeça e depois fui pra casa.


É verdade, graças a mim a brincadeira acabou. Não me lembro de minha mãe brigando comigo e nem tenho a cicatriz do corte, mas não esqueço nunca dessa pedra na minha testa.


Afinal de contas, essas coisas acontecem. É a Vida Neh?!

4 comentários:

  1. huhushuashuahu massa d+

    eu brincava disso mas era com carambola e coco u.u/

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  2. aiuhsiauhsuiahs

    OLHA A "PREDAAAAAA"

    meu tio colocou a capa do superman e saiu correndo pela casa, dai atravessou, literalmente, uma porta de vidro e cortou a testa XD

    o/ crianças!

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  3. Com pedra é que se torna uma brincadeira saudável.

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É a Vida Neh postar aqui?!